30 de nov. de 2012

Papos de Sexta - Especial: Carta de Diana Peterfreund

Olá, Brasil!

Gostaria de começar agradecendo muito a todos vocês por lerem “Zumbis x Unicórnios”, principalmente os leitores do Time Unicórnio. VAMOS LÁ, TIME!

Gostaria também de assinalar o quanto a Justine deixou esse debate injusto. Ela e o Scott estão no Brasil, com todos vocês — e ambos representam o Time Zumbi. Não tem nenhum representante dos unicórnios por aí!

Para piorar as coisas, a Justine é a líder da operação dos comedores de cérebro! Pergunto a vocês: isso é justo? Isso é certo? Mas é assim que os zumbis são. Eles nunca fazem o que dizem que vão fazer. Eles estão mortos, e não estão. Andam devagar... a não ser que estejam correndo, tipo, correndo de repente! Na verdade, zumbis nem podem ser mortos como criaturas normais. “Cortar a cabeça ou destruir seu cérebro???” Que tipo de maluquice é essa? Monstros mentirosos e desleais!

Unicórnios, por outro lado, são nobres e verdadeiros. Em todas as culturas, em todas as histórias, unicórnios são criaturas com as quais você pode contar. Em mitos asiáticos antigos, o unicórnio é uma das quatro nobres bestas, ao lado de dragões, fênix e tartarugas. Na China antiga, um unicórnio tinha um lugar na corte do imperador Han, distribuindo justiça infalível por meio de seu chifre fatal. Na Europa, o unicórnio era a mais selvagem das criaturas e seu chifre um símbolo de pureza que era capaz de neutralizar o efeito de venenos. Em Harry Potter, matar um unicórnio é um ato terrível, embora seu sangue possa manter algo vivo quando nada mais pode. O símbolo da realeza escocesa é um unicórnio, e na arte eles são muitas vezes representados como um símbolo de Jesus Cristo.

Alguém já escolheu um zumbi como símbolo? Não... Nem mesmo Jesus, que realmente levantou dos mortos. É claro que os unicórnios são a melhor escolha.

Porque é assim que os zumbis são: representantes da escravidão nas ilhas caribenhas; da morte e da doença nos filmes e livros contemporâneos. São a destruição do mundo. A devastação e a ruína.

Unicórnios, por outro lado, representam a natureza, a força, o renascimento, a cura. Unicórnios são fortes e majestosos, belos e fortes, enquanto os zumbis são lerdos e vacilantes, corpos podres que podem ou não ser escravos estúpidos. A resposta é uma só: O Time Unicórnio representa o BEM.
Diana Peterfreund, autora de “Sociedade Secreta” e do conto “O cuidado e a alimentação de seu filhote de unicórnio assassino”, em “Zumbis x Unicórnios”.

28 de nov. de 2012

Galera Pop - Sobre The Inbetweeners US e queimar minha língua

Will, Simon, Jay e Neil
Eu sempre tive uma queda por séries (filmes, pessoas, livros, vidas...) britânicas, ponto. Não sei explicar exatamente o porquê, ou quando isso começou a acontecer. Mas eu tenho essa leve impressão de que as coisas do Reino Unido são mais chiques, engraçadas e bem “pensadas”, quem entende. 

O fato é que sempre que inventam de fazer uma adaptação americana de séries inglesas eu fico com MUITA RAIVA. E xingo até a última geração da mente brilhante que decidiu isso. Poxa, não é como se faltasse ideias originais aos americanos, American Horror Story é uma série relativamente nova, e incrível, que tá aí para provar isso.

Quando anunciaram a produção da versão ianque de Skins eu fiquei chocada, mas como a viciada que sou, não pude deixar de ver. Que arrependimento. Acho que não aguentei nem seis episódios. E acredite, a coisa precisa ser bem ruim para eu chegar nessa altura da temporada e largar. Dito e feito, não garantiu nem duas temporadas.
Não vou entrar no mérito de que SkinsMisfits e séries do tipo devem seu charme cool aos personagens estereotipados ingleses, e mudar isso acaba com 50% da graça do programa.

Mas um belo dia, depois de xingar muito no twitter “OMG! Mais uma série inglesa maravilhosa para os americanos destruírem: The Inbetweeners”...
Eu assisti. E AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Queimei minha língua totalmente (o que acontece bem mais do que eu gostaria de contar!)

A série americana é quase tão boa quanto a inglesa. E, por mais difícil que seja admitir, é muito mais engraçada.

The Inbetweeners US 

A série da MTV nos mostra as vida de quatro adolescentes que não querem muita coisa na vida além de conseguir garotas. Agora é só imaginar aquele tipo de garoto que todas nós passamos nossa adolescência abominando: esses são os protagonistas de The Inbetweeners.

Os garotos

Will - O protagonista se veste, e age, como um adulto, se apaixonada por praticamente qualquer garota bonita que vê pela frente. A abordagem e o resultado a gente já imagina como é, totalmente #fail. Mas é a narração do rapaz dos acontecimentos da vida dele e dos amigos que fazem a gente rir até doer a barriga! Eu gosto de shows assim, onde minhas risadas possam acordar todos os habitantes da minha casa (e os vizinhos!). Garanto que The Inbetweeners consegue. 
Neil - Que dó! Ele é todo bobão, acredita em tudo que falam e só fica bravo quando falam que o pai dele é gay. O ator dá um show e você às vezes até esquece que aquele não é ele. Sou apaixonada pela versão americana do Neil, ele é mais bonitinho, engraçado e tem aquela coisa que faz a gente amá-lo sem nem saber o porquê. 
Jay - mente e exagera muito quando vai contar das suas “aventuras”. Claro que ninguém acredita (além do Neil), mas nem por isso ele deixa de inventar umas barbaridades para contar para os amigos. QUE BOCA SUJA. 
Simon – Provavelmente o que mais se encaixa na categoria “boyfriend material”, fofo, bonito e super-romântico. Até demais! Completamente apaixonado pela amiga de infância, Carlie, ele faz qualquer coisa — eu digo QUALQUER COISA mesmo — para conseguir conquistá-la. O pobre só não percebe que ela só o quer como amigo e não está nem perto de deixar seu namorado. 

O nome, The Inbetweeners (algo como “no meio”) é um termo que explica mais ou menos o lugar deles na “cadeia alimentar” da popularidade: não são os mais populares, mas também não são os losers (tenho sérias dúvidas a respeito).

Na versão britânica os personagens são os mesmos. Mesmos nomes, personalidades, ambiente familiar. Eu imagino que eles terem mantido as características principais e apenas traduzido para um american way of life fez a série ser tão boa. Não mudaram nada da essência, o que vamos combinar, quase sempre acontece em adaptações estrangeiras.

Nota máxima para MTV e elenco. Nota 0 para mim (e minha cabeça dura) que odiei o seriado antes mesmo de assistir, e, vamos lá, 8 para minha curiosidade que não deixou que eu perdesse essa...

Xoxo,
Nanda
________________________________________________________________________



Meu nome é Fernanda, mas podem me chamar de Nanda. Tenho (quase) 22 anos, mas juro que pareço ter 16. Estudo jornalismo porque depois de assistir Smallville, decidi que queria ser a Chloe. Sou apaixonada por cultura pop, e fiquei um bom tempo tentando decidir se gostava mais de ler, ver séries ou filmes. Acabei decidindo que tanto faz. Eu gosto de todos! (Mas acho que ter 32 séries na minha watch list responde essa dúvida).

26 de nov. de 2012

SONS DA GALERA - RIHANNA: A RAINHA DO POP


Num universo pop de tantos grandes nomes quem se destaca é a máquina de hits Rihanna. Sem grandes promoções e apelações à mídia (tirando alguns escândalos envolvendo violência doméstica e possível envolvimento com drogas) Rihanna “come pelas beiradas” e emplaca seu 12º número 1 na parada Hot 100 da Billboard com o novo single “Diamonds”. A cantora de 24 anos de Barbados empata com Madonna e The Supremes (com 12 singles nº 1) e fica somente atrás de Michael Jackson (com 13 nº1), Mariah Carey (18 nº1) e os Beatles (com 20 nº1).

Os outros singles da cantora que alcançaram o topo da Billboard foram “S&M”, “Rude Boy”, “Umbrella”, “Only Girl (In The World)”, “SOS”, “What’s my name”, “Take a bow”, “Disturbia”, “We Found Love”, “Live Your Life” (participação na música do rapper TI) e “Love the way you lie” em parceria com o rapper Eminem.

Ela não é — e não pretende ser — Lady GaGa e sair de um ovo na cerimônia do Grammy. Tampouco soltar fogos de artifício dos seios ou comandar uma fábrica de algodão doce como sua melhor amiga Katy Perry. Não paga de boa moça como Taylor Swift ou Carly Rae Jepsen. É sexy de forma única, abusada, desbocada, sem pudores. Tem tatuagens, bebe, fuma e aparece nua na capa do novo álbum. No entanto, a imagem é secundária. Rihanna acredita na música e nos bons produtores e com isso emplaca hit atrás de hit.

“Diamonds”* é o primeiro single de seu 7º álbum de estúdio “Unapologetic”. Aliás, em 7 anos de carreira foram 7 álbuns! Para divulgar o novo álbum a artista, sua equipe e veículos de TV e imprensa de todo o mundo viajaram a bordo de um Boeing 777 numa ambiciosa turnê promocional: 7 shows, em 7 dias em 7 países diferentes. 

No mundo pop vemos constantemente como as carreiras são feitas de altos e baixos. Rihanna é a exceção. Que seus hits maravilhosos — sejam eles dance como “We Found Love” ou baladas como “Diamonds” — continuem reinando soberanos mundo afora. Rihanna é a grande rainha do mundo pop.


*Confira a incrível e (já) super comentada performance de "Diamonds" da cantora que aconteceu na versão britânica do programa X-Factor, no último domingo.


__________________________________________________________________________________




Quando eu era pequeno eu tinha tantos livros que quando eu terminava de ler, eles viraram grandes labirintos, metrópoles à-la-Gotham City ou elaboradas pontes para os meus carrinhos. Amante dos livros e da música, tive a sorte de poder trabalhar com os dois e, o melhor de tudo, ao lado de grandes amigos!

23 de nov. de 2012

Papos de Sexta - O Hobbit: Uma Jornada Mais Que Esperada, por @vivimaurey


Escrever sobre "O Hobbit" precisa de todo um preparo... Ligar o som no máximo, colocar a trilha sonora dos três filmes de "Senhor dos Anéis" para tocar no Winamp, encher o copo de mate gelado (duas pedras de gelo, se necessário) e desligar o twitter. Ser fã é um estado de espírito. Que não acaba, mas ainda assim.

Faltam 20 dias para a pré-estreia de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" nos cinemas. Lembro-me bem quando faltavam 9 meses e eu pensei: “puxa, dezembro não vai chegar nunca, né?” Era o tempo exato de uma gravidez inteirinha, com direito a todo o processo; sintomas, prenatal, primeiro trimestre, segundo trimestre, terceiro, desenvolvimento fetal, nutrição, parto e pós-parto! É sério! Passar por tudo isso e chegar a dezembro e parir um filme como "O Hobbit" não é para qualquer um. É preciso ser um verdadeiro fã e aguentar firme e forte enquanto chegam as notícias de Hobbiton e os malditos videoblogs de Peter Jackson com aquela Nova Zelândia por trás de tudo. SUA LINDA!

Mas tive de viver a gravidez cinematográfica como pude. Os enjoos nos primeiros meses fizeram parte do processo, a partir do momento em que começaram a vazar as notícias, mas sabemos que é momentâneo e que, em breve, o bebê ia nascer — pequeno e com pés peludos —; e todo o esforço teria valido a pena. Claro que isso é drama, pois fãs sempre serão fãs, mas no fundo (lá no fundo) eu sei que a produção do filme sofre muito mais... *sigh* A gravidez deles é BEM mais séria. :P

Eu li "O Hobbit" com 12 anos. 1998. Ano em que tive meu primeiro — e único! — cachorro (durou 3 dias aqui em casa, e minha mãe não aguentou e passou adiante, rs), ano da morte de Frank Sinatra e Tim Maia, que o Brasil perdeu de 3X0 da França (muito feio, aliás), que a Apple lançou o iMac e a Microsoft o Windows 98 (risos), ah, e ano de nascimento do Google...  Eu era uma pré-adolescente típica, com direito a todas as crises existenciais possíveis. Na época — e até hoje —, precisei de fantasia mais do que fazia ideia. E quando vi um amigo (Pedro Bertussi) lendo um livro de capa branca e azul no sítio de uma grande amiga e perguntei do que se tratava, entendi que eu precisava fazer parte daquele mundo fantástico.
Sem querer desmerecer os outros — até porque ainda não os conhecia —, "O Hobbit" foi meu primeiro livro de ficção fantástica e isso fez com que ele fosse o mais especial! Além, é claro, de ter toda uma história maravilhosa e um mundo completamente novo que Tolkien nos presenteou. Não nego que eu já gostava de livros antes disso, mas acho que não entendia a importância deles na minha vida. Não profundamente. Ouso dizer que foi nesse momento, ao ler a conversa entre Bilbo e Smaug (dragão), que decidi ser escritora. Mesmo que inconscientemente. Minha mente foi longe naquele dia... E os sonhos só ganharam mais vida desde então. E eu não esqueço nunca da frase de Smaug quando Bilbo se empolga em descrever a si próprio: “Não deixe que sua imaginação o leve muito longe!”.

Você pode imaginar a minha reação quando soube que um diretor, nascido do outro lado do mundo, resolvera filmar a trilogia "Senhor dos Anéis" (de uma só vez), a minha história predileta de Tolkien — e do MUNDO inteiro, for that matter. Era um sonho poder ver minha imaginação nas telonas, e em 2001 ele se realizou. E quando tudo acabou, e ninguém mais esperava ver o Condado (construído na Nova Zelândia especialmente para os filmes), eis que surge a notícia de que Peter Jackson ia produzir O Hobbit.

*Vivi cai no chão literalmente e chora

Por mais que ainda na época de "Senhor dos Anéis" tenha rolado trailer falso de "O Hobbit" no YouTube e notícias mais falsas ainda, tinha certeza que era só uma questão de tempo. Peter Jackson não ia deixar uma produção dessas passar batido, tendo os recursos e a oportunidade — e a paixão pelo autor da história. Só um fã de verdade poderia construir tudo o que ele construiu. Claro que todos nós temos nossas críticas e reclamações pelas falhas, mas a verdade é que ele teve foi muito culhão, acertou muito mais do que errou e ganhou o respeito de muitos.

A parte que eu mais quero ver no filme "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" — além da conversa de Smaug e Bilbo, é claro (que só aparecerá na segunda parte "The Hobbit: The Desolation of Smaug" em 2013 rs) é... ai, não sei, são tantas... Os capítulos: Adivinhas no escuro e Moscas e aranhas. QUERO MUITO VER TAMBÉM O NECROMANTE (cof cof spoiler, não vou dizer quem ele é, cof cof)! Vai ser uma visão e tanta no cinema, só digo isso! ;)

E não vejo a hora de chorar com a trilha sonora e com mais um sonho se tornando realidade!
Acompanhando as palavras do  Sunday Times, o mundo está de fato dividido entre aqueles que leram "O Hobbit" e "Senhor dos Anéis" e aqueles que ainda não leram!

Mas é isso, gente. A gravidez chegou ao fim. A barriga tá quase explodindo e agora é reta final para o filho nascer. E, como toda mãe, tenho certeza de que vou me orgulhar do resultado. Que venha a pré-estreia no dia 13/12!

ATENÇÃO: Aproveitando o gancho, tem livro novo sobre Hobbit na Best Seller!! Chama-se O Hobbit e a filosofia, da coleção Cultura Pop, e já está disponível nas livrarias! Confira no site da Record!

PS. Se você ainda não viu o trailer de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" ASSISTA AGORA! 



Bjocas,
Vivi

21 de nov. de 2012

Liberdade, liberdade...


“Cory Doctorow é coeditor do blog sobre tecnologia Boing Boing e ex-diretor da Electronic Frontier Foundation da Europa, uma organização que defende a liberdade na rede. Ele escreve colunas para as revistas Make, Information Week, e para o Guardian online. Ganhou o Locus três vezes, foi indicado aos prêmios Hugo e Nebula, foi vencedor do Campbell e indicado como uma das 25 pessoas mais influentes da web pela Forbes, e como um Jovem Líder Mundial pelo Fórum Econômico Mundial. É autor, ainda, de O pequeno irmão, e espera que você use a tecnologia para mudar o mundo.”

Essa é biografia de Cory Doctorow em seu mais recente romance lançado pela Galera, Cinema Pirata, que acaba de sair nos Estados Unidos. Polêmico? É pouco. Cory se autoproclama um ativista pela liberdade na internet e perguntou aos que assistiam sua palestra na Fliporto, em Recife, qual seria a diferença entre “comprar um livro e emprestar para alguém” e “comprar um ebook e emprestar para alguém”? E por que você pode levar seu livro impresso para casa, pro trabalho ou pra escola, mas não pode colocar o ebook que comprou no seu tablet, celular e e-reader? Cory é contra a DRM (Digital Rights Management) e a favor do copyleft, que não tem nada a ver com domínio público, e todos os seus livros têm licença Creative Commons - para fins não comerciais uma obra pode ser distribuída. 

Suas opiniões sobre propriedade intelectual podem até parecer exageradas para nós, brasileiros, que ainda estamos dando os primeiros passos no mercado digital. Mas o ebook veio pra ficar e com ele todas as questões levantadas por Cory. Na trama de Cinema Pirata, um adolescente que vive de baixar frames de filmes na internet para criar seus próprios filmes recebe o maior de todos os castigos: ficar sem internet. Neste mundo a pirataria é combatida com um fanatismo assustador, mas há ainda os que acreditam na liberdade da informação. Há os que são capazes de tudo para defendê-la... Como Doctorow. 

Não tem como ler um pouquinho sobre o autor e sua obra sem pensar: Quais são afinal os limites da internet, uma rede que na teoria foi criada para ser livre? Faz cinco dias que me despedi de Cory, em Recife, e ainda estou pensando nisso, pendendo cada hora para um lado, mas certa de que o mundo precisa de muitos Corys para fazer a gente pensar mais e melhor.

Um beijo da Ana
(p.s. Cory é também muito simpático, tem um filha de quatro anos e sempre vai na ComicCon - ah, ele adorou picanha!)

16 de nov. de 2012

Por uma Internet livre!


Coeditor do blog sobre tecnologia Boing Boing, ativista pela liberdade na Internet e uma das 25 pessoas mais influentes da web, Cory Doctorow participa do debate Informação e autopublicação: do big-bang ao boing-boing, no Congresso Literário da Fliporto.

A discussão promete ferver! Quem quiser acompanhar, é só clicar na TV Fliporto (www.fliporto.net). Em poucos instantes. Fique ligado! Logo depois, o autor autografa seu mais novo livro, na Tenda de autógrafos. Cinema pirata entra no polêmico universo virtual dos downloads — ilegais e nem tanto —, das grandes corporações do entretenimento, e expõe as ideias mais inovadoras sobre o assunto. 


Papos de Sexta - Quando é melhor virar a página?, por Rafaella Fustagno

Eu amo escrever, sempre amei. Por esse motivo acho que escolhi fazer Comunicação Social. Como a leitura e a escrita andaram lado a lado, sempre era a escolhida pelas amigas para revisar textos e indicar livros de que tivesse gostado. Falo de uma época em que blogs literários não existiam, na época de faculdade eu não tinha um grupo de amigas que amava ler e fazia resenhas e as guardava em meu computador só para lembrar o que tinha achado do livro (já que o Skoob também não é desse tempo!)

De uns tempos para cá a blogosfera cresceu, não faço ideia de quantos blogs literários existem, de quantos deles tem parcerias com alguma editora e muito menos é possível conhecer todos que escrevem neles. O que vejo é que há uma diversidade de idade e profissão nos blogueiros. Temos donas de casa, estudantes, jornalistas, professoras, administradores, advogados, arquitetas, uma infinidade de profissões que escrevem neles. E aonde quero chegar? Que ao meu ver, os blogs são um hobby. Foram feitos para que pessoas que amam ler falem dos livros que leram e troquem experiências. Para ter blog não é exigido diploma de nível superior ou testes de português, o que por si só já não nos deixa aptos a julgamentos, certo?

Não tenho blog próprio mas escrevo em dois — um sobre livros e outro sobre filmes — e não me acho PHD em nada, mas me esforço para que a língua portuguesa seja escrita corretamente e não acho que esteja isenta de erros de digitação em meus posts que infelizmente passam despercebidos as vezes.

Alguns blogs se especializaram em falar mal de quem erra nos posts, de quem comete erros de português ou faz promoções que eles achem algum defeito. Concordo que uma pessoa que lê muito tem de prestar atenção no que escreve porque é grande a quantidade de termos como “anciosa” e “seje” escritos nos mesmos. Mas eu não me sinto bem em debochar, para mim é como isso soa, um imenso deboche aos que podem não ter tido o mesmo nível de estudo ou os que são muitos novos e ainda não tem conhecimento de escrita. Já vi blogs sendo deletados por causa dessas críticas nada construtivas.

Em um mundo onde é fácil apontar os erros, mas difícil encontrar os próprios, eu não consigo achar graça desse tipo de publicação. Não me acho melhor que ninguém para apontar defeitos. Sou jornalista diplomada, mas isso não me dá direito de zombar dos outros ou de achar que o que falo ou expresso está acima do bem e do mal. Também cometo erros, inúmeros, mas fico tão feliz ao ver todo esse universo literário unido em eventos do gênero, em tardes de autógrafos e Bienais, que tudo fica pequeno perto dos erros que com o tempo e a maturidade acredito que serão corrigidos.

Ter blog é se doar um pouco ou muito, é quase como um trabalho voluntário já que a grande maioria quando ganha alguma coisa são livros de parceria. Para mim que amo livros assim como vocês, isso basta. A alegria está no aumento do número de seguidores, nos comentários das resenhas, nas amizades que começam virtuais e viram reais, no tempo que gastamos para nos dedicar aquilo que amamos. E pelo menos para mim, nesse ambiente, não tem espaço para deboches e sim para aprendizados ;)

14 de nov. de 2012

Galera Pop - A Mindy que existe em todas nós

Como eu contei uns posts atrás, comecei a assistir The Office e desde então não parei mais. Uma das personagens mais engraçadas é Kelly — a moça é daquelas criaturas bem sem noção que respiram revista de celebridade e falam coisas a-b-s-u-r-d-a-s. Eu não conhecia Mindy Kaling, que interpreta Kelly. Mas deveria, porque se você imaginar uma artista mil em uma, é ela! Além de atuar, também escreveu, produziu e dirigiu alguns episódios da série. Foi por isso que quando fiquei sabendo da nova série criada por ela fiquei LOUCA para ver! 

Se The Mindy Project fosse metade do que é The Office...

A série, exibida pela Fox, gira em torno de Mindy, uma médica competente, meio desastrada, que é bem-sucedida profissionalmente, mas com a vida pessoal deprimente. Tudo que ela quer é ser perfeita e ter o homem perfeito. E bem, a gente sabe no que dá isso. Logo no episódio piloto acontece uma coisa superdesagradável, então ela decide mudar a vida totalmente. 

Mindy tem aquela coisa meio "Bridget Jones" misturada com uma viciada em comédias românticas. Listas e listas de coisas a serem feitas até chegar ao seu objetivo. Perder peso, gastar menos, ler mais livros, ser pontual e responsável. Nada melhor para fazer a gente acordar para vida do que um puxão de orelha da própria vida. Hahahaha

Não sei se é só comigo, mas nunca consegui imaginar esse tipo de problema em uma médica, sei lá. Eu tenho essa impressão de que eles são pessoas tão sérias e sensatas e que não tem nenhum problema na vida pessoal. Ou melhor: médico tem vida pessoal? Aí eu pude perceber que, ei, “eles são gente como a gente”.

E não é só o nome, mas eu tenho a impressão de que Mindy colocou muito dela mesma na personagem :) Mas para ser sincera, o que eu mais gostei da série é ver como Mindy é muito igual às moças de hoje. Eu, você, sua amiga... Não daquele jeito “Girls” (sofrido!), mas meio que uma realidade mais cômica. Com tanta informação “bonitinha” sendo jogada na nossa cara por essas comédias românticas e livros chick lit, não tem COMO não ficar um pouquinho sonhadora/empolgada/desesperada. Quem nunca descreveu o homem perfeito usando características de personagens? QUEM NUNCA? Hahahaha
SIMPLEMENTE AMO as referências que existem no show. São MUITAS. DO tipo que não dá só aquela impressão que ela é real, mas que você por alguns segundos tem certeza de que é real. É uma coisa de louco!
Recomendo para todo mundo que quiser dar umas boas risadas nesse feriado. :)

Xoxo 
Nanda
________________________________________________________________________


Meu nome é Fernanda, mas podem me chamar de Nanda. Tenho (quase) 22 anos, mas juro que pareço ter 16. Estudo jornalismo porque depois de assistir Smallville, decidi que queria ser a Chloe. Sou apaixonada por cultura pop, e fiquei um bom tempo tentando decidir se gostava mais de ler, ver séries ou filmes. Acabei decidindo que tanto faz. Eu gosto de todos! (Mas acho que ter 32 séries na minha watch list responde essa dúvida).

9 de nov. de 2012

Papos de Sexta – Quanto vale um fã? (por Frini Georgakopoulos)

Recentemente, uma notícia abalou o mundo nerd: A Disney comprou a LucasFilm. Vários “obas” e “que droga” foram escritos na World Wide Web, e eu achei muito interessante esse impasse. Com um legado incrível que cresce a cada ano, a Disney não joga para perder, isso é fato. A Marvel já entrou nessa dança e agora os lightsabers integram a coleção do Mickey. Mas o que isso tem a ver com o título da coluna, Frini? Tudo!

Sou fã da Disney desde que me entendo por gente! Tanto, tanto que fiz parte da segunda turma de Cast Members brasileiros a irem trabalhar nos parques (sim, sou jurássica nesse nível, minha gente!) e fiquei noiva lá, ano passado! Amo, amo, amo tudo isso e apenas curto Guerra nas Estrelas (quase o oposto do meu noivo, o que acho que funciona superbem). Claro que LucasFilm não é só Guerra nas Estrelas, mas é o carro-chefe da empresa, ou, pelo menos, é a primeira coisa que veio à cabeça dos fãs quando a notícia estourou. A Disney não joga para perder, mas George Lucas também não. O cara que praticamente inventou merchandise cinematográfico sabe o que faz e a Disney sabe o que compra. Mas a grande dúvida é: e os fãs? Como ficam?

Com esse anúncio, uma enxurrada de imagens photoshopadas tomou conta da web (como as que estão nesta coluna), que divertiu, e irritou, várias pessoas diferentes, vários fãs! Eu estou me divertindo porque Lucas já fez muita besteira (essa sou eu, sendo fina) com seus próprios filmes e não vou culpar o Mickey se isso acontecer novamente. Mas tem muita gente que achou um absurdo e eu também não tiro a razão deles, e o motivo para isso é simples: mexeu com Disney, mexeu com Guerra nas Estrelas, mexeu com bilhões de fãs! Aí me pergunto: estava incluso no valor negociado o preço do fandom de Guerra nas Estrelas? Porque é gente pacas e ... NÃO! Ser fã não tem preço! 
Ser fã é pagar para ir a eventos em parcelas porque o dinheiro é curto, mas a oportunidade é única. Ser fã é virar a noite lendo o novo livro da saga que tanto ama, mesmo tendo prova ou trabalho no dia seguinte. Ser fã é fazer cosplay, é dormir na fila do cinema no dia da pré-estreia, é um monte de coisas — que Vivi Maurey já listou muito bem aqui — e muito mais! E tudo isso por puro amor ao nosso fan-atismo!

Hoje, ser fã de algo — seja de ator, cantor, escritor, livro, filme, seriado, etc — não é mais tão mal visto como foi um dia. E isso acontece porque nós, fãs, soubemos nos unir e mostrar que juntos somos mais fortes. Montamos blogs e mostramos que temos opinião, organizamos eventos e mostramos que temos responsabilidade, criamos nossa própria arte inspirada no que amamos e mostramos que temos talento.

Ser fã, no fundo, é gostar de algo incondicionalmente e esse tipo de devoção não tem preço. Então, pessoal, não há o porquê se preocupar com o que vai ou não acontecer com a saga Guerra nas Estrelas por ela estar sob a batuta do Sr. Disney. Não adianta esquentar a cabeça porque, afinal, somos fãs e o resultado — sendo bom ou ruim — será assistido e comentado por todos nós. E a nossa opinião vale muito. Por quê? Porque é de fã.

2 de nov. de 2012

Papos de Sexta - Novembro e os livros de verão, por Garota It (Pâmela Gonçalves)

Novembro, o mês mais lindo de todos, chegou! Eu adoro novembro! Dá aquela sensação de férias chegando. O horário de verão já está aí, o clima começou a esquentar, e a contagem regressiva para o próximo ano já está valendo. Ok, eu adoro novembro porque também é o mês do meu aniversário (16/11). O quê? Todos adoram o mês do seu aniversário! Eu adoro o meu também, mas tenho de admitir... o meu mês preferido é janeiro. 

Essa preferência é por causa do clima. Verão, sol, praia, férias... Ai, ai, coisa boa. Mas voltando para novembro. É nesse mês que eu começo a procurar loucamente por livros de verão, mesmo que a estação só comece, de fato, em dezembro. Não sei vocês, mas gosto de ler os livros que combinem com o clima que estou vivendo atualmente. Tanto em temperatura, como emocional. Deixa a história muito mais real, e vou falar a verdade, sinto até o cheiro do mar se eu ler o livro no verão, mesmo que esteja em casa. 

Não adianta, não vou conseguir aproveitar um livro em que se passa no inverno se eu o ler no verão. Assim como é inadmissível ler um livro de verão em julho, por exemplo. Desperdício de livros de verão, isso sim. Livros de verão são raridades! Então nem ouse “gastar” um livro de verão no inverno! 

Eu tenho toda aquela preparação mágica para começar a ler um livro de verão. Primeiro, não posso começar a lê-lo em um dia mais ou menos. Por exemplo, enquanto estou escrevendo esse texto o dia está nublado. Nem pensar em ler um livro de verão hoje! Seria um desperdício, como já falei. O dia tem de ter sol brilhando e um calor agradável, ai sim eu estou no clima do livro. 

Como eu disse, são raros os livros de verão. Quando eu não tenho muita opção, acabo aproveitando os chick-lits sem clima definido. Nada de suspense, drama ou fantasia. Isso me passa uma sensação de frio, então eu deixo para os dias nublados. No verão passado eu lembro que adorei ler O verão que mudou minha vida, da Jenny Han e Ritos da Primavera, terceiro livro da série Sociedade Secreta, da autora Diana Peterfreund. Agora vou começar a selecionar alguns livros para os próximos dias quentes e ensolarados. 

Eu sou a única louca que faz isso ou vocês também combinam os livros com o clima? Aliás, como vocês escolhem os próximos livros que irão ler?