24 de mai. de 2013

Papos de sexta: O jovem e o novo adulto, por Tita Mirra

Olá! Eu sou a Tita, a nova colunista do blog da Galera. Bem, nem tão nova assim… Mas isso nada tem a ver com a minha idade, que fique bem claro! rs

É que eu participei dessa coluna antes, à convite da amiga Vivi Maurey. Na ocasião, eu declarei meu amor pelo Jace e desejei que ele atingisse logo a maioridade. Afinal, qual a graça em crescer se o meu herói favorito continuava com 17 anos? rs

Pois bem. Vivi deixou o blog no mês passado, eu estou de volta, e o Jace…continua adolescente. Mas tudo bem, ele ainda é o meu favorito! 

Na verdade, eu entendo o charme dos 17 anos. Até bem pouco tempo, a maioria dos protagonistas dos livros jovens tinha essa idade, é o limiar entre a adolescência e a vida adulta. Ou melhor, era.

Acho que todo mundo aqui já ouviu falar de new adult, certo? O conceito surgiu em 2009, graças a um concurso promovido por uma editora americana, mas só agora virou tendência literária (sim, os “novos adultos” estavam entre nós e ninguém havia percebido! rs).

Posteriormente, a tal editora desistiu de publicar os manuscritos, mas alguns desses autores lançaram seus trabalhos de maneira independente. Talvez isso explique a quantidade de livros indies nessa categoria, mas existe uma lógica por trás desse sucesso.

Nas palavras de Meg Cabot, “a geração atual tem a adolescência estendida”. As mudanças que marcam o início da vida adulta acontecem cada vez mais tarde, e a literatura reflete isso. O jovem leitor amadurece, mas ainda não partilha dos interesses da ficção adulta (casamento, filhos, carreira profissional etc). O “novo adulto” preenche essa lacuna, mas onde um termina e o outro começa?

A maneira mais simples é separar por faixa etária. Um livro “jovem adulto” é indicado para quem tem de 13 a 17 anos, enquanto um “novo adulto” é para quem tem de 18 a 25. Ambos podem ter a mesma intensidade emocional, o que muda são os temas, conflitos, cenários e personagens (um livro “jovem adulto” se passa no ensino médio, um “novo adulto” se passa na faculdade etc).

Métrica (Slammed) é o livro new adult da  Galera
Mas o new adult tem um tom diferente, um misto de independência recém-conquistada e incerteza em relação ao futuro. Aquele jovem que está tentando se conhecer enquanto conquista seu lugar no mundo e aprende a se relacionar com os outros. Uma fase de experimentação, de fazer escolhas certas e erradas e, mais importante, de enfrentar as consequências.

Por mais incrível que pareça, o foco do new adult está nesses personagens e em suas relações emocionais, não físicas. Sexo existe, mas com um propósito – conduzir a narrativa, indicar o amadurecimento dos protagonistas, retratar positivamente uma orientação sexual e tal.

Então, pode-se dizer que o “novo adulto” é um “jovem adulto” mais maduro? Sim, chega uma hora em que até nossos heróis adolescentes crescem! Mas amadurecer não significa estar no ponto, e são os tropeços no caminho que vão moldar a sua jornada. :)

8 comentários:

Leonardo Marques disse...

O interesse só aumentou quando Jace foi citado haha Mas de qualquer forma, a proposta do "new adult" é bem essa mesmo; e sim, o amadurecer e ambiente cujo qual está vivendo, te faz criar um interesse maior por esse tipo de história, há uma identificação maior. Leio de tudo, mas talvez por estar na tal faixa dos 18 aos 25 new adult me interessa demais e ando lendo muitos livros do gênero.

Marina Moura disse...

claps claps claps! Adorei o texto. Muitos leitores ainda têm dúvidas em relação ao new adult. Que venha este novo gênero para nos deliciarmos. Bjs!

Mari disse...

Oi, Tita! Seja bem vinda!
Gosto muito de YA e de literatura mais adulta também, mas acho ótimo que essa categoria dos "novos adultos" esteja ganhando espaço. Acho bem interessante, até porque me encaixo nela pela minha idade hehehehe
Adorei seu texto, parabéns!

Beijinhos

http://livrosouniversoetudomais.blogspot.com

. disse...

Realmente as vezes é difícil ver a linha que separa um "jovem adulto" de um "novo adulto" quando isso não é mostrado logo de cara. Adorei a Tita no Papos de Sexta (e seria um sonho o Jace sair dos 17 anos, porque afinal de contas não queremos ser presas por pedofilia) :)

Tita Mirra disse...

Léo, o Jace não tem concorrência, mas eu adoro o "angst" new adult tb! O coração sofre, mas vale a pena :) Bjs e obrigada pelo comentário!

Nina, vc me contaminou com o new adult! A culpa é toda sua :) Bjs e obrigada, garota!

Mari, eu gosto muito de middle grade, YA, NA, adulto... Bom, eu gosto de ficção :) Bjs e obrigada pela participação!

Fê, esse é o meu medo! rs E Jace maior de idade? *sigh* Bjs e obrigada pelo carinho!

Aline T.K.M. disse...

Bem interessante o post, mas eu mesma me atrapalho nos rótulos, são tantos novos gêneros e subgêneros que não tem como não se confundir! Por exemplo, sempre considerei a faixa etária de 18 a 25 como young adult. E sempre considerei o período adolescente (13 a 17) na literatura como sendo literatura juvenil mesmo (e até infantojuvenil, para os mais novos, tipo 13, 14). Acho que o principal motivo dessa confusão é que, para mim, um young adult é um "recém-adulto", ou seja, o cara que acabou de sair da adolescência, ou seja, o new adult. E os mais novos continuam sendo adolescentes, oras...

Bjs! Livro Lab

Unknown disse...

Bem-vinda ao blog, Tita!
Adoro livros New Adult (disso você já sabe) porque me identifico muito (de maneira nostálgica ou não).
Adorei a coluna.

Vivi Maurey disse...

YAAAAAAAAAAAAAAAAAAAY! Bem-viiiinda! Sua linda! Adorei a coluna. O texto ficou ótimo! É isso aí! :)
Ansiosa pelos próximos!

Bjão!
Vivi