29 de nov. de 2013

Papos de sexta: Coração de papel

O ano está acabando e, ao olhar para as páginas do calendário, penso em tantas outras páginas viradas em 2013. Geralmente, quando paro para decidir o que escrever para o blog da Galera, volto minha atenção para o coração, não para o que eu tenho que escrever, mas para o que eu preciso escrever. E o assunto dessa vez foi paixão.

Acabei de ler um livro excelente, no qual a autora mostrou amadurecimento na escrita e seus personagens podem não somente ser definidos como apaixonantes, mas podem ser estudados! Sabe quando você quer muito ler uma cena e ela é escrita exatamente como você queria que fosse? Quando acabei de ler, fiquei um tempão sorrindo e com o coração batendo mais rápido do que asas de um beija-flor! E essa sensação me fez questionar: será que sou maluca por me apaixonar tão perdidamente por pessoas que não existem?
Andando pela casa, por livrarias, olho as lombadas dos livros e cada título me faz lembrar a experiência de ler aquela aventura, de me apaixonar por aquele “gatinho”, de me identificar com aquela protagonista.


Em 2013, eu conheci Garotos Corvos, complexos e fascinantes e que me prometeram mais aventuras ano que vem. Encantei-me com um Substituto que não é humano, mas questiona, sente e ama mais do que se fosse. E também me apaixonei perdidamente e irrevogavelmente por dois caçadores de sombras antiquados, cavalheiros e cheios de personalidade. Anjos ou príncipes, me fizeram sentir como uma princesa nada mecânica. E eu chorei ao virar a última página, chorei tanto que até Eureka teria se afogado.

Aliás, 2013 foi um ano de lágrimas. Como é possível ter o coração rasgado tantas vezes, chorar tanto, tanto e ainda voltar para mais? O ato de se apaixonar, pra mim, é se doar de corpo e alma, sem ressalvas, sem medo, sem volta. E por que personagens fictícios mereceriam menos do que isso? Eles vivem nas páginas, na imaginação, mas eles nasceram de lágrimas derramadas por alguém também. E essas lágrimas do autor geram outras no leitor. Esse coração quebrado quebra outro, mas o transforma também. Coração de leitora é assim: de papel, como nossos amados livros. Ele se recicla, se fortalece e não para de amar, nunca.

De papel ou não, nosso coração bate em um ritmo, em uma Métrica própria. E passo a passo, página a página, mergulhamos mais fundo nessa batida. Ninguém disse que se apaixonar pelo “gatinho” perfeito das páginas, pela jornada sofrida da protagonista, seria Easy, mas vale muito a pena. Porque em cada lombada aberta e fechada, o coração bate mais forte e o que era só de tinta e papel se faz verdadeiro no questionamento que ele acorda, no amor que ele faz sentir.



2013 está acabando, mas 2014 vem aí, com mais doze meses de promessas de novos amores, novas aventuras, novos livros. Meu coração de papel se amassa, se rasga, se recicla e se agiganta, com espaço para mais personagens, mais histórias. Vem, ano novo! Estou te esperando!

28 de nov. de 2013

Galera entre letras: Nem tudo o que reluz é a Excalibur...

Há algumas semanas, o site io9 fez uma lista com dez termos importantes para apreciar a literatura fantástica.

Inspirada nessa lista, eu resolvi falar de alguns termos que também considero importantes. E a primeira coisa que eu queria comentar é que a minha definição de literatura fantástica é bem simplória: “literatura fantástica é toda modalidade de narrativa (conto, romance etc.) em que elementos sobrenaturais (ou não naturais) se misturam à realidade”. Sendo assim, a literatura fantástica inclui tanto aquilo que nós costumamos chamar de “fantasia” quanto as histórias de terror (que despertam medo e sempre trazem a ideia de uma ameaça ou de algo misterioso e estranho), e podem incluir também as de ficção científica (que tratam do impacto da ciência na humanidade, mas que também podem ter elementos fantásticos na narrativa).

É uma definição bastante ampla, eu sei, mas ela é proposital. Primeiro, porque, com essa definição, eu não compro briga com nenhum fandom (rs) e, em segundo lugar, porque, a bem da verdade, eu gosto mesmo é de ler, e o gênero literário não tem tanta importância assim.

De todo modo, esses termos ou características (que também podem ser considerados “subgêneros” da literatura fantástica, mas que eu prefiro não chamar assim por não acreditar nessas divisões) servem como um ponto de partida para identificarmos aquilo de que gostamos ou não.

Hoje eu vou falar dos meus temas preferidos e, na próxima coluna, vou tratar de mais alguns como a fantasia urbana e o realismo mágico.


1) Fantasia de travessia

A “fantasia de travessia” é um dos temas mais comuns em literatura fantástica. Nesse tipo de história, sempre há uma passagem para um mundo mágico, que costuma envolver algum tipo de cruzada heroica. A via de passagem pode ser um buraco, uma porta ou até um guarda-roupa. As Crônicas de Nárnia são um exemplo perfeito de “fantasia de travessia”, bem como O Mágico de Oz e Alice no País das Maravilhas.

2) Mundos secundários

O “mundo secundário” pode ser um continente perdido, como Atlântida, ou um lugar mágico até então desconhecido aqui na Terra. Quando se fala em “mundos secundários”, costuma-se pensar em um local que se assemelha à Terra e no qual se desenvolve uma cultura parecida com a cultura humana.

A Galera Record tem uma série muito legal que se passa em um mundo secundário: Trono de Vidro, da Sarah J. Mass, publicado em 2013, e traduzido por Bruno Galiza, Lia Raposo, Mariana Kohnert e Rodrigo Santos. O livro conta a história de Celaena Sardothien que, aos 18 anos, é escolhida pelo príncipe para participar de um concurso para o novo assassino real (e eu nem vou entrar aqui no mérito de termos uma garota que maneja espadas com muita habilidade como protagonista!).


3) História alternativa

Algumas vezes, confundimos a fantasia de “mundos secundários” com a fantasia de “histórias alternativas” e a melhor maneira de diferenciá-los é justamente o fato de que, no caso da “história alternativa”, a narrativa parte de um evento que realmente aconteceu.

Uma das séries mais legais que se baseia numa “história alternativa” é a série do Leviatã, do Scott Westerfeld, traduzida por André Gordirro. O primeiro volume da trilogia, que se chama Leviatã: A Missão Secreta, saiu em 2012, e Beemote: A Revolução, o segundo volume, saiu há poucos meses.

Essa série é MUITO LEGAL por tratar de um tema pouco explorado e superimportante: a Primeira Guerra Mundial. Os lados que se opõem no conflito, tal como contado pelo Westerfeld, são os mekanistas alemães e os darwinistas ingleses.




4) Espada e magia

A “fantasia épica” costuma ser uma história longa que, em geral, tem vários volumes e ocorre em um “mundo secundário”. O exemplo mais conhecido de fantasia épica são as séries de livros sobre o Senhor dos Anéis e a Guerra dos Tronos.

A fantasia de “espada e magia” costuma ser menos heroica que a “fantasia épica” e tem como protagonistas ladrões ou pessoas desajustadas. Enquanto a “fantasia épica” ocorre em castelos, a fantasia de “espada e magia” costuma ter como cenário as ruas escuras das aldeias e cidades ou ainda lugares ermos e inóspitos, como os desertos. Os livros sobre Conan, de Robert E. Howard, são um bom exemplo desse tipo de história. Na fantasia de “espada e magia” nem sempre é fácil distinguir quem são os mocinhos e quem são os bandidos, o que torna os personagens (e a leitura) bem mais interessantes.


5) Fantasia arturiana

A “fantasia arturiana” poderia muito bem ser considerada uma “fantasia épica”, pois também se passa em um “mundo secundário”. Eu optei por distingui-la da “fantasia épica” pelo fato de a “fantasia arturiana” ter como tema, como o próprio nome diz, as histórias que envolvem o rei Artur. Dá até pra fazer uma lista com alguns símbolos recorrentes: Excalibur ou a espada na pedra, o Santo Graal, a Távola Redonda e o mago Merlin. Se vocês estiverem lendo um livro com, pelo menos, um desses elementos, não resta dúvida de que se trata de uma “fantasia arturiana”.

Um dos mais belos textos sobre o rei Artur é The Once and Future King, uma série de cinco livros, escrita por T. H. White, que influenciou muitos autores importantes. A Galera Record também publicou, em 2013, uma série muito legal sobre o jovem Merlin, Merlin. Os Anos Perdidos, de T. A. Barron. A tradução ficou a cargo de André Gordirro.



Boas leituras e até o mês que vem!


Minibio:

Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, está gostando amis de videogames e sua leitura favorita são os contos de fadas. Acredita que o príncipe encantado existe, só que se perdeu sem um GPS.


Twitter: @hoelterlein

27 de nov. de 2013

Melhores do ano: Somos todos nerds

Foto por Sharon Eve Smith para o A Series of Serendipity
Olá, pessoal! O Melhores do Ano de hoje vai ser super geek, homenageando o livro Fator Nerd – Contatos Imediatos do 1° Amor. Para começar, eu gostaria de dizer duas coisas:

1-  Diz o ditado que “de médico e louco todos temos um pouco”. Já eu acredito que de nerd e louco todos temos um pouco; e 
2-  Eu não sei do que você gosta, mas com certeza você vai encontrar algo do seu interesse em Fator Nerd! Continue lendo a coluna, leia o livro se puder e depois conta pra gente.


Archie tem 14 anos e é um nerd daqueles que jogam RPG com os amigos também nerds, pinta gárgulas de acetato e não faz qualquer ideia de como se relacionar com garotas. Além disso, ele ainda tem que lidar com seus conflitos internos, o divórcio dos pais, o padrasto babaca, os valentões da escola... e a paixão fresquinha pela Linda Gótica! Quem nunca passou por uma situação parecida, né? Bom, eu nunca pintei gárgulas, mas fiquei com muita vontade depois de conhecer a arte de Archie!

O livro já começa com citações de O Homem-Aranha e O Senhor dos Anéis e, conforme você vai avançando a leitura vai se deparando com muito mais: Star Wars, Star Trek, Harry Potter, e se você for musicalmente eclético como eu, vai se deparar com referências musicais que vão de AC DC  a Lionel Richie – e vai adorar!

No decorrer das páginas, vamos entendendo o conceito de Monólogo Interior (MI) e Monólogo Exterior (ME) criado por Andy Robb para demonstrar o conflito interno adolescente de Archie. O MI é o que ele pensa e gostaria de dizer, mas não consegue. Já o ME é o que ele diz só para agradar os outros ou para encerrar um assunto, mesmo contra sua própria vontade. É tipo um mecanismo de defesa contra invasões ao seu universo nerd paralelo.

Aqui está a resenha que a Zilda Peixoto, do blog Cachola Literária fez de Fator Nerd e a seguir você pode ler um pouquinho do que ela achou do livro:

À primeira vista, Fator Nerd pode lhe parecer apenas mais um livro infanto-juvenil. Mas não se engane com a aparência infantil que a capa deixa transparecer. Apesar do livro falar diretamente sobre o universo dos nerds e geeks, qualquer leitor, independentemente do grupo social que pertença ou se encaixe, poderá se identificar ao longo da narrativa.

E se você acha que o livro não é pra você porque não se considera nerd, veja só o que nosso jovenzinho pensa sobre isso:

“— Para mim, Archie — começa ele —, todo mundo é algum tipo de Nerd. Futebol, filmes, música... Não importa qual é o interesse; se você sente fascínio por ele, então você é um nerd. Simples assim”

Se for pra chutar, a gente aposta que você é um nerd literário, mas vamos deixar você contar pra gente!

xoxo

25 de nov. de 2013

Tons da Galera: Modas que marcaram época

Sexta-feira passada foi o aniversario de meio século do assassinato de JFK e, junto com o acontecimento chocante que marcou o fim do sonho americano, o tailleur rosa que a primeira dama Jackie Kennedy usava no dia marcou a história da moda. Jackie veio a se tornar um ícone de estilo, mas sempre será naquele tweed Chanel sua imagem mais lembrada.

Diversos outros ícones vestiram roupas  que marcaram época. Marlene Dietrich já usava smoking muito antes da moda de modelos andróginos. Rita Hayworh como Gilda, A Mulher Inesquecível, fez um dos mais memoráveis strip teases da história do cinema tirando apenas uma luva. Também nos anos 40 das mulheres fatais, a sempre prafrentex Lana Turner causou frisson de turbante. E shortinho. E top cropped. Tudo junto em O Destino Bate À Sua Porta, e a gente achando que estômago de fora com cintura alta era super novidade.

Nos anos 50 e 60, Marilyn Monroe, com seu vestido branco esvoaçante sobre as grades do metrô nas filmagens de O Pecado Mora ao Lado, causou tanto ciúme em seu marido, Joe DiMaggio, que ele pediu o divórcio, e Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo num vestido Givenchy, fez do pretinho básico item obrigatório no armário de toda mulher.


Twiggy de minissaia marcou um novo padrão de beleza e a era das pernocas de fora, e Brigitte Bardot de biquíni em Saint Tropez mudou a cena nas praias para sempre.

A Barbarela de Jane Fonda marcou a era de roupas space-age de Paco Rabanne com suas placas metálicas (o futuro imaginado nos anos 60 era bem mais legal do que acabou sendo, né não?).

Nos anos 70 o estilo Panteras trouxe as calças bocas de sino e roupas com um toque mais masculino. Diane Keaton em Manhattan se jogava no colete e gravatinha, e as mulheres d vida real se jogavam no trabalho, na intelectualidade e na política. Os anos 80 trouxeram Flashdance e o moletom de um ombro só, febre absoluta, além de outros exageros fashion que conhecemos tão bem.

Sharon Stone lançou desejo pelo branquinho básico em Instinto Selvagem – só que na vida real a calcinha é obrigatória né! Pelamor… - lembrando Jean Harlow quase 70 anos antes com suas roupas, acessórios, móveis - e cabelos - brancos.

As Patricinhas de Beverly Hills trouxeram, além do vestido vermelho Aläia, um estilo que toda garota dos anos 90 copiava (ou ao menos cobiçava), e que agora está de volta com força total no xadrez tartan.

Na categoria primeiras dama da atualidade, Michelle Obama fez de Jason Wu estilista hit ao usar um vestido seu na posse do marido.


Nunca se sabe se aquele filminho ou personagem (fictício ou não) que chega de mansinho, como quem não quer nada, vai mudar tudo e ficar também na história.

21 de nov. de 2013

Design et cetera: Dinossaur Erotica

Boa tarde, caros leitores. Como sempre, faço minha missão trazer para vocês o melhor e pior do mundo das capas de livro, e dessa vez venho falar de uma nova (e perturbadora) tendência: Livros eróticos com dinossauros.

Não é nenhuma novidade que o gênero erótico está em alta, mas o que nem todo mundo sabe é que existe um subgênero que consegue ser ainda mais constrangedor do que todos os outros: livros apimentados que descrevem a relação entre uma mulher e sim, dinossauros.

Tem gosto para tudo nesse mundo. Quer você prefira um T-Rex, com toda a sensualidade de seus bracinhos pequenos, um pterodátilo badboy voador, ou então um veloz e furioso velocirráptor, uma coisa é certa: existe todo um gênero literário para você.


Esse é um típico caso em que por pior que a capa seja, o conteúdo do livro deve ser bem, bem pior. Mas como a minha coluna foca apenas na capa, limitarei meus comentários ao design.

Primeiro de tudo, tem algo de muito errado porque o MESMO dinossauro aparece nesses dois títulos: Running from the Raptor e In the Velociraptor’s nest. Ou esse é o dinossauro MAIS pegador da (pré) História, ou alguém tinha poucos créditos no banco de imagens.

Outra coisa que muito me incomoda é que nesses dois títulos, o dinossauro é muito menor do que sua presa, parceira(?) Isso me confunde um pouco, afinal, imagino que o maior encanto de cruzar transar com um dinossauro é a superioridade deles enquanto predadores, não?

Olhando assim para essas capas, não preciso nem dizer que nem o dinossauro e nem a modelo estavam originalmente nesse cenário. Fico triste ao pensar nas pobres modelos que venderam suas imagens de biquíni e jamais imaginaram que alguém as colocaria nesse contexto tão surreal.

Mas por mais que eu adore sacanear essa maravilha do design, confesso que fiquei curiosa para ler esses livros. E estou seriamente considerando começar uma banda alternativa chamada Dinossaur Erotica. O nome não é maravilhoso?

19 de nov. de 2013

Melhores do Ano: Melancolia

Olá, pessoal! Tudo bem? Todo mundo leu bastante durante o feriadão? Espero que sim!

Bom, para continuar com a nossa coluna premiada com os melhores do ano, eu escolhi o querido Como Dizer Adeus em Robô. Na verdade, ele já estava escolhido há algumas semanas, quando tive a ideia pra coluna, e eu estava bem ansiosa para falar sobre ele. *.*

Foto por Bruna Mateus

A história gira em torno da garota-robô e do garoto-fantasma e, com certeza, é bem diferente do que você tem lido por aí. Bea ganhou esse apelido da mãe, que costumava dizer que ela não tinha sentimentos. Já Jonah é chamado assim pelos cruéis colegas de escola, que não fazem ideia do que está por trás de sua solidão. Até que Bea aparece.

Jonah, sendo só como era, não poderia imaginar que algum dia compartilharia com alguém o que compartilhou com Bea. Mas, calma, essa não é uma história de amor qualquer. Na verdade, não é realmente uma história de amor, mas também não deixa de sê-lo. Quer ver só?

“Se um namorado é a primeira pessoa em quem você pensa quando acorda pela amanhã e o último rosto que vê antes de dormir, então eu estava apaixonada por Jonah, Mas, se um namorado tinha que envolver química e beijos e sexo e essas coisas, então, não, ele não era isso.” (pág.130)

Enquanto a amizade dos dois vai crescendo, vamos conhecendo um pouco mais sobre eles, principalmente Jonah. É incrível como coisas e pessoas legais podem passar despercebidas devido a certos rótulos, né? 

Eu não tenho celular – disse ele. – No meu quarto tenho um telefone de disco dos anos 1960. Demora à beça para discar, o que me impede de dar telefonemas impulsivos.” (pág. 111)

Ah, olha aí uma das coisas que mais gosto em Jonah: ele é um pouquinho antiquado. Antiquado e solitário, ele encontra companhia no Night Lights, um programa de rádio onde as pessoas podem participar ao vivo e onde amizades surgem – e se fortalecem, como a dele e de Bea. Foi nesse momento que o livro me pegou, porque fiquei imaginando duas pessoas incompreendidas encontrando companhia e apoio uma na outra, através de um programa de rádio, uma coisa que eu realmente amo e sinto falta. Sério, eu adoro o dial, os locutores, as dedicatórias... e era bem isso que eles faziam, conversavam pelo rádio (eu até tive minha própria experiência a la Night Lights XD)! Tem como não amar?

Escrito por Natalie Standiford, o livro é um presente para os leitores e nos leva a lugares distantes da noite, do tempo e de nós mesmos. Ele é um presente daqueles bonitos, sabe, bonito além da história compartilhada por Jonah e Bea (que eu não posso contar por causa de spoilers). Vejam como ficou linda a arte a final do livro, toda em preto e rosa!


“Eu senti como se fosse possível abrir uma porta no meu peito oco de metal – só abri-la, facilmente – e ver meu coração latejando, cru e sangrento e dolorido. Você até podia esticar a mão e apertá-lo se quisesse.” (pág. 308)

Essas últimas palavras são de Bea, mas traduzem exatamente como me senti lendo Como Dizer Adeus em Robô. Mas não pense que você deve deixar de ler por causa disso. E caso você realmente não tenha lido e esteja se perguntando o porquê da melancolia no título, você vai entender ao terminar a leitura: o fechar do livro é quase como um abraço. Vale a pena tudo até ali.

xoxo

18 de nov. de 2013

Papos de segunda (excepcionalmente!): Preparar, apontar, escrever!

Todo aspirante a escritor deve ter ouvido falar do National Novel Writing Month, ou NanoWrimo. Durante o mês de novembro, os participantes são desafiados a escrever 50.000 palavras em apenas 30 dias, o que dá uma média de 1.667 palavras diárias. Algo impossível para algumas pessoas — eu me incluo nesse grupo :(


Estou participando pelo terceiro ano consecutivo, e na minha primeira vez, a insegurança era tão grande que nem me registrei no site, preferi escrever por fora apenas para ver como me saía — e passei muito longe da meta! No último ano, tentei — novamente sem sucesso — escrever mais de 1.000 palavras todos os dias, e já estava sentindo o gosto da derrota esse ano, quando li algumas dicas da autora Justine Larbalestier para escritores de primeira viagem. Acredito que elas estejam realmente me ajudando a escrever, então decidi compartilhá-las :)

Quando não alcançamos a meta de 1.000 ou mais palavras, tentamos escrever mais no dia seguinte para compensar, e se fracassarmos novamente, ficamos desanimados. Por isso, a autora propõe uma meta diária inofensiva — cerca de 300 palavras por dia — mas que vai resultar em um romance de 80.000 palavras ao final de um ano, mesmo que você fique sem escrever durante 100 dias! Factível, certo?

A próxima etapa nesse regime é recalcular a meta diária de acordo com seu progresso. Ou seja, a cada novo romance devemos definir uma data limite, geralmente 6 meses depois, e uma quantidade total de palavras, 65.000 por exemplo. Isso dá uma média diária de 350 palavras, mas se escrevermos mais do que isso em um dia, significa que no dia seguinte nossa meta será menor e, consequentemente, haverá uma redução no prazo final. É tudo uma questão de feedback positivo :)

Outras dicas interessantes… Não perder tempo com o título — trabalhar com algo provisório e definir o título apenas no final — nem com o outline. Justine defende que os primeiros romances devem ser escritos sem fazer um esboço antes — nem todo escritor adapta-se a esse método, então para quê se preocupar com isso agora? Melhor inventar a história no decorrer do processo. E se não tivermos uma história para contar? Basta pegar emprestado. Podemos nos inspirar em lendas, mitos, contos de fadas, canções, filmes, e reescrevê-los :)

Na dúvida de como começar, devemos escrever “Era uma vez” e prosseguir, podemos alterar isso mais tarde. Também é uma boa terminar cada sessão com uma frase inacabada, e completar na próxima vez que sentarmos para escrever. O truque é deixar as ideias e as palavras fluírem.

A parte mais difícil começa após a conclusão do primeiro rascunho. É importante tirar no mínimo uma semana de folga, antes de voltar ao texto e lê-lo do início ao fim. Depois de reler todo o manuscrito é hora de implementar as alterações, e quando acharmos que ele está pronto, é hora de enviá-lo para alguns leitores de confiança.

É isso! O mais importante é lembrar que o principal objetivo ao escrever o primeiro romance é aprender a escrever :) Eu, por exemplo, sei que não vou cumprir a meta de 50.000 palavras do Nano, e tudo bem — ansiedade não vai me ajudar agora.


E quanto a vocês? Tem mais algum nanoer por aqui?

14 de nov. de 2013

Galera entre letras: Amadas vilãs

Ela sempre teve as melhores falas. Esguia e de porte altivo, sua presença nunca passou despercebida na tela. E ontem não se falou de outra coisa, senão de sua atual “encarnação”. Sabem de quem estou falando?!

Pois é, ninguém que tenha navegado na Internet ou acessado as redes sociais pôde deixar de notar a agitação em torno do primeiro trailer do filme da Malévola, produzido pela Disney, com a atriz Angelina Jolie no papel principal.



O filme se propõe a contar as origens da vilã mais amada da Disney (título que lhe foi conferido depois de uma pesquisa entre o público) e mostrar Malévola, como diz a atriz que a interpreta, “como uma mulher épica (de um modo diferente).” No fim das contas, a vilã é “capaz de fazer muitas coisas e o fato de se proteger e ser agressiva não significa que ela não tenha outras qualidades [mais ternas]. É preciso solucionar o grande enigma que ela é.”

Mas vocês sabiam que o personagem da Malévola não existia nas muitas versões clássicas da história? Para entender a criação desta vilã, vou contar um pouquinho sobre as primeiras versões de A Bela Adormecida.

A primeira versão do conto de fadas, na verdade, nem tem esse título e foi escrita num dos muitos dialetos da Itália (para ser mais precisa, em napolitano), no século XVII. Chama-se Sol, Lua e Tália, e conta a história da jovem Tália, de seus dois bebês (sim, Tália, enquanto dorme, concebe gêmeos), de um cozinheiro muito generoso e de uma rainha muito, mas muito má e ciumenta, que, como toda rainha cruel, se dá mal no fim da história.

(Aqui tem uma tradução do italiano para esse curioso relato que, no entanto, não é uma história para crianças, mas para adultos).

A versão mais próxima da história que conhecemos é justamente a do francês Charles Perrault, escrita também no século XVII, e que aparece em Histórias ou Contos de Tempos Passados, livro que tem o subtítulo de Contos de Mamãe Gansa, pelo qual ele é mais conhecido hoje. Nele, temos a história A Bela Adormecida do Bosque, onde já encontramos alguns dos elementos presentes nas versões modernas do conto: a roca de fiar e uma fada muito velha e vingativa, que lança o feitiço na princesinha no dia de seu batizado. A fada má aqui ainda é vista como uma personagem caricata e, de certa maneira, ela está muito mais próxima da Rainha Má da Branca de Neve do que da Malévola.

O curioso, nesta versão, é que, após acordar do sono de cem anos, se casar com o príncipe e ter dois filhos, Aurora e Dia, a bela princesa passa a ser perseguida pela sogra que, na verdade, é uma rainha ogra e pretende devorar a princesa e suas crianças, não sem antes exilá-la na floresta (daí o bosque do título). Esta versão é bem rocambolesca, tem vilões demais e o papel da fada má é diminuto.

A versão mais famosa é a dos Irmãos Grimm, que data do início do século XIX e tem como título A Pequena Rosa, nome dado à princesa. Nesta versão, que termina com o casamento do príncipe com Rosa e um “felizes para sempre”, as fadas são substituídas por 13 mulheres sábias do reino.

Bom, e como é que nós chegamos à Malévola?, vocês devem estar se perguntando.

A Bela Adormecida é um desenho lançado em 1959, o terceiro desenho baseado em contos de fadas, após o lançamento de Branca de Neve, de 1937, e de Cinderela, em 1950. Como já mencionei antes, a exemplo da Rainha Má, a Madrasta de Cinderela e suas meias-irmãs são também personagens caricatos, que dificilmente despertariam a simpatia de alguém.

A Bela Adormecida é lançado em plena “segunda onda do feminismo”: sobretudo, pelo advento das duas guerras, as mulheres entraram no mercado de trabalho, ganharam o direito de votar e, no contexto internacional, vive-se a Guerra Fria, onde o papel dos mocinhos e dos bandidos parece bem determinado. E o que isso tem a ver com um desenho animado? Muita coisa.


A Malévola foi a primeira das personagens malvadas dos três desenhos a ser retratada de forma não caricatural. Apesar da pele cinza-esverdeada, ela tem um porte que não fica a dever a nenhuma modelo de passarela. E... uma curiosidade... apesar do modelo para a Malévola ser a atriz Eleanor Audley, não seria difícil imaginar uma top-model (ainda que, na época, não se usasse o termo) como Carmen dell’Orefice, com seus traços exóticos e rosto anguloso, além do corpo esguio, como referência para a vilã.

Eleanor Audley

Carmen dell'Orefice

Carmen dell'Orefice

Além disso, Malévola é a primeira vilã que rivaliza com a mocinha da história (e não é à toa que muita gente torceu para que ela desse cabo de vez da Aurora no desenho, rs): ela tem as melhores falas, é irônica e inteligente, e, de certa forma, coloca em alto e bom tom tudo aquilo que gostaríamos de dizer quando nos sentimos prejudicados ou rejeitados pelos outros. Uma das minhas falas preferidas é justamente a chegada de Malévola na apresentação da princesa Aurora ao restante do reino:

Ah, mas que aglomeração brilhante, rei Estevão: realeza, nobreza, cortesãos e... ha ha ha... que graça... até a ralé. Eu realmente, com tristeza, estranhei não ter sido convidada [ao que uma das fadas, Primavera, retruca: Não é bem-vinda!]... Não sou. Oh, Deus, que terrível situação... julguei que tivesse sido apenas um descuido. Bem, sendo assim, é melhor que eu me vá...  

E tem mais: Malévola tem poder. Poder de verdade. Em vez da maldade da Rainha Má da Branca de Neve, cujo preço é a perda da beleza e o envelhecimento, ou a implicância vil da Madrasta e das irmãs da Cinderela, Malévola realmente é poderosa. Ela faz o príncipe de refém, comanda um exército de goblins e ainda se transforma em um imenso dragão negro, símbolo incontestável do poder maligno (ao contrário da Rainha Má, que apenas consegue se transformar numa velha encarquilhada e corcunda e que, nessa transformação, ainda perde poder...).



Por essas e por outras, Malévola acabou se tornando uma vilã tão admirada e, não sem motivo, o filme da Disney que estreia no ano que vem causou um furor tão grande: conhecer as origens e as motivações desta personagem tão complexa certamente vai ser fascinante. E, como ressaltou uma amiga, especialista em contos de fadas e professora da Universidade de Boston, o fato de o trailer se concentrar no diálogo entre duas mulheres (Aurora e Malévola) já é, por si só, um acontecimento.

O trailer oficial está aqui

Divirtam-se!

Minibio:
Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, sua leitura favorita são os contos de fadas. Acredita em fadas e dragões, mas acha que o príncipe encantado não passa de uma lenda.
Twitter: @hoelterlein

12 de nov. de 2013

Melhores do Ano: Nostalgia

Oi, pessoal! Tudo bem? 2013 tá chegando ao fim, a gente aqui já tá se preparando pro Natal e tá na hora de pensar nas resoluções de ano novo e fazer aquela retrospectiva do ano que passou, né? Pensando nisso, estreamos agora a coluna Melhores do Ano, com uma seleção dos queridinhos de 2013 pra compartilhar com vocês. Cada semana será um tema e um livro (ou dois ^^) diferente pra gente relembrar. E falando em nostalgia, vamos começar com O Futuro de Nós Dois?


O ano é 1996 e Emma e Josh são amigos desde sempre, até que um climão adolescente os afasta um pouquinho. Mas uma coisa maior que isso volta a juntar os dois vizinhos: a descoberta de um tal de Facebook.

Nessa época, menos da metade dos alunos das escolas de ensino médio dos Estados Unidos já tinha usado a internet e a maior rede social do mundo só seria inventada dali a alguns anos. Então imagine conectar sua internet discada e se deparar com uma página azul revelando seu futuro infeliz? Emma pira, enquanto Josh fica feliz em saber que se casará com a gostosona da turma! Bom, não exatamente.




Mas, sim, você leu certo: internet discada! Ler O Futuro de Nós Dois te leva de volta àquela época de cd de conexão da AOL e de linha telefônica ocupada quando a internet está conectada e é legal se identificar com esse passado (e mais ainda saber que ele não só passou, como evoluiu! Rs). Mas o mais legal é refletir nossas vidas atuais com o Facebook.

Enquanto Emma e Josh percebem que esse tal Facebook mostra o futuro deles dois baseado em suas vidas atuais e que cada ação presente interfere E altera o futuro, nós, leitores, percebemos as diferenças entre os anos 90 e nossos dias atuais, 20,30 anos depois. Tá, pode ser que você se sinta meio velhinho, mas quem não sente saudades dos anos 90? 
  
 “— Por que diz aqui que ela tem trezentos e vinte amigos? — Josh pergunta. — Quem tem tantos amigos assim?”  (pág. 38)

Quem não tem 320 amigos no Facebook hoje, né, gente? Isso é tão fácil quanto ler as cerca de 300 páginas mencionando vez ou outra uma internet discada ou um discman. Por falar em discman, o livro é cheio de músicas animadinhas que vocês podem ouvir na playlist que fizemos pra ele \o/ ! Além das músicas, nós fizemos um booktrailer cheio de referências aos anos 90 e, o melhor, com a participação dos nossos leitores! Quem lembra? 


Kit de divulgação do livro - Foto por Melina Souza
Pessoalmente, O Futuro de Nós Dois me lembrou muito um dos meus filmes favoritos dos anos 80, De Volta Para o Futuro, e lê-lo foi como embarcar no sensacional DeLorean do Dr. Emmett Brown! *.* Tá, agora é a vez de vocês comentarem sobre o livro. E, caso não tenha lido ainda, leia o 1° capítulo aqui e comente você também! =D

xoxo

11 de nov. de 2013

Tons da Galera: SPFW Inverno 2014

Parece que as semanas de moda nunca terminam, não é? Outro dia mesmo eu estava dando um resumo do que o verão do ano que vem vai mostrar segundo as fashion weeks internacionais. Agora está sendo a nossa vez, mas voltando no tempo (que ainda é futuro em relação ao agora... louco isso, não?) pra falar do próximo inverno.

Neste exato momento a semana de moda do Rio ainda está rolando, mas a de São Paulo já acabou, e já pudemos ter uma ideia do que vai esquentar a gente no próximo inverno (a-ham… como se a gente tivesse inverno).

Até que o inverno de 2014 será bem... inverno. Sensato. Chique. Depois de coisas como os sapatos felpudos de pele da Céline (tá, sei que já falei deles antes — mais de uma vez —, mas não me conformo!), até estranhei. Obrigada, estilistas brazucas, pela bem-vinda dose de sensatez. Muito preto, vinho (ou Bordeaux, como o pessoal gosta de chamar), vermelho e preto usados juntos, e um ou outro tom de joia (verde esmeralda, roxo, azul bic) pontilhado em estampas e texturas.

Aliás as texturas é que são as verdadeiras estrelas dessa temporada de desfiles, justificando a pouca variedade de cores. Muito couro, renda, tecidos telados e vazados e a novíssima denominação Tule Ilusion (uma espécie de tule segunda pele que dá a impressão da roupa ter vazados).

O fator conforto chega com o moletom, estrela da temporada, largo e aconchegante ou cheio de apliques de couro ou outros materiais. O queridinho da vez aquece homens e mulheres igualmente. Ou seja, dá pra roubar do namorado igual fizemos com os boyfriend jeans! Qualquer oportunidade de expansão de guarda-roupa de graça é sempre bem-vinda!

Não esquecendo que nosso próximo inverno será em plena Copa do Mundo, a Osklen trouxe bolsas em formato de bola de futebol nas cores verde, amarelo e branca. Mas até elas são relativamente usáveis. Ufa!

Vermelho e preto, vinho e couro na Animale, Tule Ilusione de Glória Coelho, renda para Herchcovitch, moletom, e bolsa de bola de futebol da Osklen.

8 de nov. de 2013

Papos de sexta: Quando as regras funcionam!


Alguns livros são tão legais que deveriam vir com uma indicação para presentear aquela amiga ou, por que não?, você mesma. Quando vi As regras do amor, pensei que fosse auto-ajuda, não que não goste de livros do gênero, mas é que poucos são bem escritos, alguns são como conselhos que você conseguiria no salão, fazendo a unha, assim que contasse que terminou um namoro.
Ah sim, os términos de namoro, como doem, como nos fazem achar que é o fim, que nunca ninguém mais vai nos amar e que ficaremos solteironas para todo o sempre!
Comparo-os sempre à morte, a uma demissão... Todos sabemos que estamos correndo o risco de nos depararmos com isso, mas mesmo assim acreditamos firmemente que conosco nunca irá acontecer. Mas então acontece, aquele namorado maravilhoso (bem, não tão maravilhoso assim, afinal, se ele não quer mais nada com você, já não pode ser tão perfeito, certo? Porque a DIVA dessa história é você! E não deixe ninguém fazer você pensar o contrário!) de repente pede para repensar a relação, diz que você é perfeita e que o problema é ele, ou então termina de vez aquilo que você nunca soube mesmo o que era.
A nós resta chorar no colo das amigas que abandonamos  não me venha dizer que nunca largou suas amigas durante o namoro, porque sempre pedimos desculpa a elas, mas sabe como é, o fulano está louco para ver Os Mercenários número 10 e você prometeu ir com ele! Depois sua amiga faz aniversário há anos e o que tem demais perder um? Ano que vem tem outro, certo?
As regras do amor é exatamente eu, você que está lendo e nossas amigas. Ah sim, você é minha amiga? Então certamente vai me reconhecer em várias páginas. Vai ver que temos um pouco de cada uma delas. E vai se deliciar com o código criado por elas para superar um pé na bunda e nunca mais largar a amiga em prol do namorado.  
Divertido e verdadeiro, terminei esse livro querendo mais das quatro amigas, torcendo mais para umas que para outras, mas ainda assim querendo muito mais histórias com elas.
E, se você está triste nesse exato momento e caso seja pelo motivo citado nessa coluna, lembre-se desse livro, porque sei o que está passando e tenho certeza que vai te animar.
Se você acha que nunca mais vai conseguir namorar alguém tão padrão Johnny Depp como seu ex (ele não era a cara dele? Ah sim... só que não, né?), deixo um trecho do livro que gostei muito, aliás uma das regras:
"Duas pessoas completas = relacionamento saudável e feliz. Regra 25: Nunca pense que você não vai conhecer nem amar outro cara como você gostava de seu ex, porque você vai sim! Você só precisa dar uma chance de esquecer o ex."

7 de nov. de 2013

Design Et Cétera: Novos logos da Galera

Oi gente, tudo bem com vocês?

Nós da Galera estamos muito animados, pois temos novidades quentíssimas para compartilhar com vocês... *suspense*

Para quem ainda não reparou no nosso header, aqui vai a grande revelação:

MUDAMOS NOSSAS LOGOS!!!!!!

O mundo está sempre mudando, e por isso, não poderíamos ficar parados no tempo, não é mesmo? Então resolvemos dar um singelo facelift na nossa identidade visual, até para organizar melhor a faixa etária dos nossos livros e criar uma unidade entre as logos. Para isso, retomamos o conceito original de Galera.

Galera [do catalão galera]

1. s.f . antigo navio a vela.

2. s.f. qualquer grupo afim; o grupo; roda de amigos.
A Galerinha continua sendo a casa dos livros infantis, sempre tão coloridos e lúdicos. O nosso barquinho de papel vai seguir levando os pequenos leitores pelos mares da imaginação.
De 10 a 14 anos as coisas ficam mais sérias – certo, nem tanto! Ainda é tempo de brincar, rir... mas quem sabe está chegando a hora do primeiro beijo? Aventura, fantasia, romance! Na Galera Junior os jovens podem assumir o timão e fazer as próprias escolhas.
A Galera, irmã mais velha da turma, ganha uma nova cara, mas pode ter certeza que nossa âncora está firme num propósito: trazer para o jovem adulto os melhores livros! Thriller, fantasia, ficção científica e aquele livro da série, do filme e do jogo que você ama — tá tudo aqui!

E ai, estamos curiosos para saber: o que acharam?

E as mudanças não param por aqui... Em breve teremos um NOVO SITE no ar, com uma surpresa que tem tudo para deixar todo mundo satisfeito :)

6 de nov. de 2013

Galera Pop: Les Revenants – A primeira série francesa da lista!

Eu sei que ando bem irresponsável com meus posts por aqui (desculpa aí)... Poderia dizer que é o final de semestre me matando, a falta de sono consumindo minhas noites e deixando meus dias meio “aéreos”, o estágio que — finalmente! — está exigindo cada vez mais de mim. Mas o que realmente interfere na minha falta de posts e ânimo de ter escrito nas últimas semanas é porque eu sinceramente não tinha nada de empolgante para contar. Eu sei, não é sobre a minha vida isso aqui — porque se fosse, acho até que teria algumas fofocas — o problema mesmo é que até uns dois dias atrás não tinha assistido nada novo que valesse a pena ser compartilhado.

A Fall Season me decepcionou MUITO essa temporada... fiz vários posts com minhas apostas e olha que tristeza! Até continuei vendo umas três, mas nada incrível e que mereça mais de sete estrelas no trakt.tv (fica a dica desse site para organizar as séries!).

Mas EI! Nem tudo estava perdido, e dia desses resolvi dar uma olhadinha na minha listinha de “séries que preciso ver” e decidi por escolher essa série francesa com a sinopse interessante...

Les Revenants


Les Revenants — o nome internacional é “The Returned” — é a primeira série francesa que assisti na vida. Tenho uma quedinha por séries inglesas, e as americanas estão sempre entre as mais assistidas, mas não passa disso. Então foi meio que um desafio tentar me adaptar ao estilo. E WOWWWWWW! Foi a surpresa do semestre! Tudo bem que a série não saiu esses dias — ela foi lançada em Dezembro do ano passado —, mas no meu caso a descoberta foi só agora mesmo hehehehe

Na história, pessoas que morreram há alguns anos voltam à vida em uma cidadezinha no interior da França. Eles não fazem ideia que morreram, e a última lembrança é do momento anterior às suas mortes. Alguns morreram há pouco tempo, e outros, há décadas. O interessante é que eles não são zumbis, nem fantasma, voltam como se nada tivesse acontecido mesmo e como se o tempo nunca tivesse passado. Sabe essas meninas aí da foto? São gêmeas! Imagina o choque?

Gostei de como a série, mesmo com um ritmo lento, amarra a gente à tela de um jeito que faz os mais de 50 minutos passarem num piscar de olhos.


Ainda estou no quinto episódio, mas imagino que tem mais surpresa vindo por aí. Adoro que em cada episódio tem uma revelação bombástica que deixa a gente desesperada para o seguinte.
E se vocês curtirem a série, tem notícia boa. Os episódios da 2ª temporada já começaram a ser gravado e tem previsão de estreia para o início do ano que vem. Mas se mesmo assim não for o bastante, a emissora americana A&E já está desenvolvendo o projeto para trazer a adaptação para os StatesNão é sempre que gosto de “versões americanas”, mas como diz aquela música, “o que é demais nunca é o bastante”... Principalmente se o demais for incrível como Les Revenants.