29 de jan. de 2016

Papos de sexta: O melhor trabalho do mundo!



Outro dia me espantou ver — diga-se de passagem, mais uma vez — uma blogueira no Facebook se explicando que ter blog não é só ganhar livros. O que me arrepia só de pensar é que em pleno 2016 ainda tenham pessoas que não entendam que nem todo mundo ganha grana como algumas YouTubers ou Book Tubers e nem tudo na vida só tem que ser feito quando remunerado.

Quando coloquei meu blog no ar em 2010, jamais pensei que um dia eu escreveria uma coluna para Galera Record, que apresentaria eventos lotados em livrarias entrevistando autores que admiro muito, que metade do meu Facebook fosse de blogueiros, leitores e pessoas do mercado literário, que eu tivesse tanta alegria pelo “ simples” motivo de colocar o blog no ar. Não, não é fácil mantê-lo com a correria do dia a dia. Quantas vezes pensei em desistir? Nenhuma! Eu nunca coloquei o blog no ar pensando em ganhar algo, eu o coloquei porque amo livros e filmes e queria conversar com muitas pessoas que tem essa mesma paixão. Afinal, quantas vezes me vi irritada na escola, faculdade ou no trabalho falando o nome de um escritor ou ator e todo mundo dizendo que nunca ouviram falar? O blog me fez ter amizades incríveis, interagir com pessoas que amam o que eu amo, ter contato com escritores que jamais sonhei conhecer...e isso, desculpem, não tem preço.

O que paga minhas contas é o que faço de segunda a sexta — ok, as vezes alguns sábados — e o faço com amor, porque foi a profissão que escolhi. Mas nada se compara ao que sinto quando tenho contato com livros em uma Bienal, quando apresento ou vou a eventos literários ou tardes de autógrafos. É hobby? Sim! Mas é o hobby mais incrível que eu poderia ter. Por essa razão, claro que quando a crise bateu na porta eu lamentei não ganhar grana com o blog como alguns ganham... mas jamais imaginei descontar minha frustração com o cenário do país no que sempre me fez feliz.

Se você é blogueiro — ou tem vlogueiro! — certamente está pensando: “Ih, a Raffa está floreando o mundo, não é tão maravilhoso assim!”. Mas o que na vida é 100 por cento só sorrisos? Das vezes que fiquei triste com o blog passou tão rápido que digo que mal existiram. Foi quando não fui aprovada para parceria com uma editora que queria muito — acreditem, TODOS passam por isso! —– ou quando recebi uma crítica supernegativa sobre algo que postei. O blog requer tempo, eu canso de ir dormir muito mais tarde do que devo para acordar pro trabalho dia seguinte, eu canso de abdicar de um dia inteiro com o marido saindo para terminar uma leitura ou aquela postagem superimportante. Isso quando não chegamos exaustos de alguma lugar e ele só pelo olhar já sabe que não tem cara feia... é dia de gravar vídeo pro Canal.

Meu blog me faz feliz, os amigos que tenho por causa dele nem preciso citar — aliás, já o fiz em alguma coluna no passado — mas definitivamente não o mantenho para “ganhar livros”. Claro que amo as parcerias e que fico muito feliz quando recebo livros em casa delas e/ou kits especiais que nem estão à venda! Mas meu cartão sabe que nunca parei de comprar meus livros, continuo comprando muito, continuo sangrando grana do meu “trabalho real” para continuar com os eventos do blog, e o faço com a única intenção de falarmos de livros. Não há nada melhor do que um final de semana que eu saiba que tem evento do blog. Portanto, para quem ainda acha que blogueiro só ganha livros, crie um blog, veja o como cada seguidor é uma vitória, como remunerado ou não fazemos com o mesmo afinco para ficar tudo em dia nele.


Tenho orgulho de ser blogueira, e de fazer parte dessa blogosfera literária linda que me rodeia há mais de 5 anos ;) 

28 de jan. de 2016

Galera entre letras: O que você gosta de ler?

Para a coluna de hoje, eu resolvi fazer algo diferente (e torço pra que logo, logo vire uma tradição da Galera entre Letras). Pedi ao Pedro, que tem 14 anos e sempre lê a coluna  além de ser um leitor voraz de livros de terror e de ficção histórica do Bernard Cornwell , que falasse um pouco das leituras dele nas férias e do que ele gosta de ler.

O Pedro então me mandou um pequeno texto falando sobre dois livros (e dois autores) muito importantes no gênero do terror e, em particular, do terror “cósmico” e universal: O Caso de Charles Dexter Ward e o Rei de Amarelo, escritos, respectivamente, em 1927 e 1895! (Ambos os autores estão traduzidos em várias edições diferentes.)

Vamos ver o que o Pedro tem a dizer sobre os livros?




Em 1926, ocorreu um surto no qual poetas e artistas tiveram devaneios muito similares, entre os dias 26 de março e 2 de abril.
***
Massachusetts, ano de 1928: duas famílias e um grupo de policiais desaparecem do vilarejo de Dunwich.
***
Esses são os cenários de alguns dos contos de Lovecraft. Bem-vindos ao terror moderno.

O que assombra na obra de escritores como Lovecraft ou Robert W. Chambers não é apenas a forma como flertam com o desconhecido e evocam o nosso medo por ele, mas também é a utilização de um realismo inteligente e sardônico que nos faz duvidar do que poderia ou não ser ficção.

Em O Caso de Charles Dexter Ward, podemos destacar uma citação de Borellus: “Os saes essenciais das Bestas podem ser preparados e preservados de Maneyra que seja facultado a hum Homem de Engenho conter toda a Arca de Noe […].” E, no Rei de Amarelo, o contexto decadente da época, junto com a alusão que a própria cor fazia a este dão um realismo assombroso à obra.

Quanto à engenhosidade do terror criado por esses autores, é um terror que não necessita de sanguinolência ou morte para gelar os ossos. Trata-se de um confronto com o proibido e uma reflexão do quão pequenos e frágeis somos, num universo criado bilhões de anos antes de nós, e do que poderia nos espreitar na escuridão, dentro e fora dele.

Assim, o legado deixado por esses e outros autores é a recordação de nossos temores mais humanos e instintivos. Eis aqui o verdadeiro medo.

E está lançando o desafio!

Se você tem por volta de 15 anos, está na escola, gosta de ler, que tal mandar pra mim um texto pequeno, falando dos seus autores ou das leituras preferidas?

A cada dois meses, eu vou publicar o SEU texto aqui. Pra mandar, é só me adicionar no Facebook ou eu vou dar um jeito de achar você (incluam aqui a risada maléfica).

Até e boas leituras!

22 de jan. de 2016

Papos de Sexta: Para sempre

A notícia veio sem rodeios: Alan Rickman morreu.


Sou fã dele há muitos e muitos anos e, pela nossa diferença de idade, sempre imaginei como reagiria quando a fatal notícia chegasse. Imaginei que fosse chorar e sentir meus joelhos tremerem e, em seguida, encontraria o chão em meio a lágrimas. Mas não foi isso que aconteceu.

Ao ouvir a notícia, fiz o que qualquer jornalista faria: chequei as fontes. Busquei mais veículos para verificar, afinal, nem tudo que está na internet é verdade. Mas essa infelizmente era. Era fato: a voz de Alan Rickman havia se silenciado para sempre.

Escolhi falar sobre essa perda aqui no blog porque, bem, porque ela é relacionada à força do amor que temos por personagens. Não vou ficar listando todos os personagens interpretados por Alan aqui, pois foram muitos e foram muito diferentes. Vou focar em Severo Snape porque nossa história é a que quero contar.

Eu sabia sobre Harry Potter, mas não tinha lido os livros ainda. Descobri a magia das páginas durante o hiato entre o gancho de “Cálice de Fogo” e a expectativa por “A Ordem da Fênix”. Mas o que me fez mergulhar nas páginas foi a explosão de sentimentos que o primeiro filme me proporcionou. Eu nunca fui fã de fantasia e apenas admirava o trabalho autoral desse gênero. Mas depois de assistir a “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, precisava saber mais sobre aqueles personagens. E principalmente sobre o misterioso e rabugento Mestre de Poções, interpretado por Alan “voz de veludo” Rickman.

Como fã do ator, me apaixonei ainda mais pelo personagem e mergulhei no fandom potteriano de cabeça. Harry Potter me trouxe uma lista de “primeiras vezes”: a primeira saga literária que acompanhei; o primeiro evento literário que apresentei (e me colocou nessa vida); o primeiro fórum e lista de discussão que integrei; as primeiras fanfictions que escrevi. Isso sem contar nos amigos que fiz e nas aventuras que vivi!

Mas será que se o personagem fosse interpretado por outro ator teria me despertado a curiosidade? Talvez não. Talvez chegasse a Potter mais tarde. A única certeza que tenho é que foi a interpretação de Alan Rickman que me levou às páginas.

Engraçado como isso acontece, né? Como os atores fazem esse link entre o nosso mundo, de carne e osso, e o Mundo das Ideias, onde vivem os personagens. Eles são como médiuns, que interpretam o que está na página e dão vida ao intangível.

Quando li a morte de Snape no livro, chorei muito. Sabia que ele não sobreviveria ao final da saga e, a cada livro, suspirava e pensava “Ufa! Desse ele passou!”. Mas sabia que viria a sofrer com a morte dele como os fãs de Sirius sofreram sua perda e tantas outras que Rowling nos fez passar. E as lágrimas vieram com intensidade e meu coração se quebrou e eu queria abraçar o personagem enquanto seus últimos suspiros deixavam seu corpo. E eu quis abraçar Alan Rickman porque, ao ver a cena no cinema, as lágrimas e o sentimento de perda voltaram.

Mas com a notícia fria nos jornais, as lágrimas não vieram. A perda estava lá e a tristeza também, mas não chorei. Não o conhecia pessoalmente, não integrava sua família ou seu círculo de amizades então como poderia sentir falta dele dessa forma? Isso faz de mim uma fã de meia tigela? Não. Entendi que a minha ligação era com a ideia que Rickman tornava real e não com ele em si.

A perda de Alan Rickman quebrou meu coração, sim, mas ele me deixou uma legião de amigos que, ao receberem a notícia, me mandaram mensagens de apoio, abraços reais e virtuais e vários “você tá bem?”. E esse é o legado imortal que ele deixou para mim e para todos que foram tocados por sua arte. O sentimento que acordou em nós nos uniu. Não importa a Casa de Hogwarts ou se concordávamos ou não com o que Snape fez na série: estamos juntos nessa perda como estávamos quando cada personagem nos deixou.

Prova disso está nas fotos abaixo. Os fãs que estavam no parque Islands of Adventure, em Orlando, no dia do falecimento, fizeram uma homenagem a Alan Rickman, erguendo suas varinhas em direção ao castelo de Hogwarts (mesmo gesto que os alunos fazem após o falecimento de Dumbledore). E, no brinquedo, alguns fãs também deixaram flores na porta de Snape e uma dessas flores era um lírio (quem leu HP sabe do que estou falando). E foi aqui que eu chorei.



Crédito: Buzzfeed

Em um momento de virada na saga, Harry pergunta para Dumbledore, “Isso é real ou está acontecendo dentro da minha cabeça?”. E o sábio bruxo responde algo como “Claro que está acontecendo dentro da sua cabeça, Harry. Mas isso não significa que não seja real”.

Podia ser a descrição de tudo que sentimos ao ler um livro, ao sofrer com ele, ao nos apaixonar por um personagem. Acontece na nossa cabeça, no nosso coração e, se sentimos, é real. Para sempre.




21 de jan. de 2016

Tons da Galera: Award Season

Parece que foi ontem que falamos disso, mas mais uma vez a temporada de premiações em Hollywood está aí e as escolhas das estrelas na hora de se vestir estão tendo, como sempre, destaque pelo mundo nos dias seguintes aos eventos. Quase uma confirmação da temporada passada e um preview da próxima, que começa no final deste mês em Paris, os stylists das estrelas esse ano não foram muito ousados e criativos, o que não quer dizer que faltou beleza e bom gosto.

Vimos muitas repetições, mas feitas de maneiras diferentes. A começar pelos recortes, vistos em Jennifer Lawrence de Dior, Julianne Moore de Tom Ford e Brie Larson de Calvin Klein no Globo de Ouro.


Recortes inusitados em lugares inesperados

Outro destaque foram as capas, curtas ou compridas, desde a apresentadora do canal E! Giulianna Rancic, Taraji P. Henson num tomara que caia branco, Cate Blanchett e Jennifer Lopez de amarelo no Globo de Ouro, parece que é a vez das super heroínas no tapete vermelho.


Mulheres Maravilhosas e suas capas

Fendas vertiginosas também apareceram aos montes, como no vestido de Olivia Wilde, Kirsten Dunst e Rosie Huntington-Whitely de Dior preto (cor muito vista também) no Critics Choice Awards.


Fendas e pretinhos nada básicos para todos os gostos em Liv Tyler, Kirsten Dunst, Rosie Huntington-Whiteley e Bryce Dallas Howard


Em breve teremos mais looks do Screen Actors Guild, Directors Guild e do aguardadíssimo Academy Awards. Vamos esperar mais surpresas boas (alô tio Oscar, já está na hora do Leonardo di Caprio ganhar uma estátua dourada para chamar de sua, não é não?) dentro e fora dos tapetes vermelhos!

14 de jan. de 2016

Design et cetera: Diferentona



Esses dias eu morri de rir com os memes da Diferentona:

“Só eu que já conhecia esse livro antes de todo mundo?”

Só você.
Única.
Pioneira.
Floco de Neve.
Etc.

O meme é engraçado porque na maioria das vezes, ninguém é tão original, inédito e descobridor quanto pensa, né. Bem, quase ninguém, porque talvez a Editora Record seja uma exceção. Não importa quantos anos você tem e nem qual seu estilo literário favorito. Se você existe, se você tá vivo e se você é brasileiro, os livros da Record fizeram parte da sua história e da sua memória afetiva.

Com mais de 70 anos no mercado editorial, a Record foi a primeira grande editora brasileira dedicada aos best-sellers de entretenimento para a massa. Se foi hit, se foi blockbuster, a gente publicou. E temos as capas mais retro-horrorosas para provar, quer ver?





Eu cresci com essa coleção infantil. A pequena vendedora de fósforos foi o primeiro livro que “mudou minha vida”. Eu tinha 3 anos e ficava inconsolável quando a vendedora de fósforos morria no final (oops, spoiler). Chorava por horas com pena da menina. Não dormia. Pedia para minha mãe reler a história e ela, coitada, mudava o final para ver se eu me consolava.

Outro clássico que habitou minha infância foi Tintin. Eu nem lembrava que as edições brasileiras eram da Record. Olha que tesouro!


TINTIN S2



STAR WARS S2

A LONG LONG TIME AGO

A gente já publicava antes de vocês.

Diferentona
Colonizadora
Pré-histórica 
Bandeirante 
Avant-garde
Descobridora 
Pioneira 
Única 


 TUBARÃO
O filme não é da minha época, mas muito antes de eu ter medo de encontrar um tubarão na piscina e morrer amputada, a Record já disseminava esse medo nas gerações passadas. Isso que é tradição.


EBOLA

E falando em medo, muito antes desse último surto de Ebola, a gente já aproveitava o gancho do surgimento da epidemia nos anos 70 para lançar esse documentário. Eu, como boa hipocondríaca obcecada por doenças letais, já estou querendo ler e já estou sentindo a manifestação dos primeiros sintomas do Ebola. Socorro.


A ESCOLHA DE SOFIA

Como não lembrar desse clássico que nos desidratou de tanto chorar?  Mais trágica que a história da Sofia, no entanto, é esse layout. Mas a gente perdoa, afinal, ser histórico é abraçar o brega.


SILÊNCIO DOS INOCENTES

Esse livro, gente. Não tenho nem palavras, estou tipo essa moça com a mariposa na boca: incapaz de falar. Eu li quando era adolescente e ficava tão aterrorizada de noite que escondia o livro na gaveta da cabeceira. Mesmo assim, inexplicavelmente, sempre tive um crush enorme no Hannibal Lecter. Meu sonho era ser comida por ele, literalmente.

E vocês? Qual livro jurássico e diferentão da Record marcou sua vida?


7 de jan. de 2016

Galera entre letras: Desafios Literários!



A primeira coluna de 2016 não poderia vir num dia mais propício, afinal, hoje é o dia do leitor!

FELIZ DIA DO LEITOR PRA TODOS NÓS!

Eu fiquei pensando durante a semana sobre o que gostaria de escrever num dia tão especial (e assunto é o que não falta pra gente na Galera entre Letras! rs) e resolvi que a melhor maneira de comemorar o dia de hoje é… lendo mais ainda em 2016! rs

E que tal se essa leitura for feita com outras pessoas e você puder discutir, trocar ideias ou mesmo reler com outros olhos as histórias que já leu?

Mas calma que eu já conto como tudo começou…

Uma amiga me chamou pra participar de um desafio literário bem legal — 12 meses de Poe. A proposta é ler todo mês um conto de Edgar Allan Poe e trocar ideias sobre os contos lidos. Eu adorei a ideia e estou acompanhando o desafio, que tem até página no Facebook.

Claro que o desafio não precisa se limitar aos contos do Poe, e também não precisa ser coletivo nem precisa de página nas redes sociais. Você pode convidar um colega, vizinho, irmão, pai, mãe ou pode seguir o desafio sozinho mesmo. E também não precisa seguir à risca a lista de textos (quem nunca mudou de ideia, não é?!). O importante é tirar um tempinho pra você reler algo de que gosta ou, quem sabe, um autor ou texto que nunca tenha lido.

E tudo bem se a sua biblioteca pessoal não é assim tão grande ou se você não tem uma biblioteca pública por perto (tem muitas espalhadas pelo Brasil e todas elas costumam ter salas de leitura ou emprestam os livros pra você levar pra casa por um prazo determinado — só não esqueça de devolver!). Tem algumas bibliotecas virtuais que permitem que você faça downloads LEGAIS de livros (porque livro pirateado não vale, né?).

Em geral, costumam ser obras clássicas, de autores em domínio público. Se você não lembra ou ainda não sabe o que são “obras em domínio público”, dá uma lida na matemática dos autores aqui.

Uma boa biblioteca de obras em domínio público (em português, inglês e espanhol) é o Portal Domínio Público. Dá pra baixar várias obras, inclusive, as de Edgar Allan Poe (infelizmente não tem nada em português, mas tem os textos originais em inglês e traduções para o espanhol). E aqui vocês encontram a tradução do Machado de Assis para um dos poemas mais conhecidos do Poe — O Corvo.

E no Project Gutenberg também tem uma “prateleira” com livros em português.

Uma biblioteca pouco conhecida de textos em língua inglesa, mas que eu adoro, é a eBooks@Adelaide.

E já que eu falava de “obras em domínio público”... na Austrália as obras caem em domínio público 50 anos após a morte do autor (ao contrário da maioria dos países, inclusive do Brasil, onde esse período é de 70 anos), então, dá pra ler muita coisa nas bibliotecas virtuais australianas que ainda não estão disponíveis nas outras — dá pra baixar também, mas você não pode publicar porque aí estaria infringindo o copyright (o direito autoral). Eu sei que é complicadinho, então, melhor só ler mesmo rs

Aqui tem o link do Project Gutenberg Australia.

Ufa! Leitura é que não vai faltar em 2016!

O meu desafio literário pessoal vai ser reler alguns contos do Conan Doyle (já deu pra perceber que um dos meus personagens favoritos é Sherlock Holmes, né? Já até falei da série nova aqui.

O conto do mês de janeiro é um dos meus preferidos, nem sei quantas vezes já li: A Scandal in Bohemia [Um Escândalo na Boêmia]. Depois falo mais sobre o desafio sherlockiano!

Espero que vocês se divirtam com o desafio literário. E quem quiser pode postar como será o seu desafio pra 2016!

Boas leituras e até!






4 de jan. de 2016

Tons da Galera: Tudo novo — ou quase.

Ano Novo, armário novo! Ou não. Em tempos de crise, pelo menos ainda podemos sonhar. Nas últimas semanas, os principais sites e especialistas em moda como The Zoe Report e Who What Wear fizeram apanhados do que promete entrar no seu armário ou ao menos na listinha de objetos do desejo de 2016.

O clima anos 1970 e 1990 (não juntos) continua imperando. Do  jeans de cintura alta e flare, abrindo na barra (guarde o boyfriend por enquanto), aos óculos retrô enormes (aposente os espelhados), os anos 1970 continuam presentes, mas um pouco menos onipresentes. Depois da enxurrada de camurça e caramelo (e camurça caramelo) que andamos vendo, esse ano trará um perfume mais Disco 70s do que pós-Woodstock 70s.

Migrando desse 70s show para os anos 1990, as estampas psicodélicas dão lugar a metalizados nas roupas e esmaltes, vestidos camisola acetinados e echarpes finas, amarradas como Gigi Hadid e Lily Rose, filha de Johnny Depp, costumam usar. As bochechas são bem coradas de blush (chega de excessos de contouring!), o delineado pode ser azul turquesa, e os lábios continuam mattes em tons amarronzados, à la Kylie Jenner, com uma participação especial do bom e velho vermelho-tomate.

Previsões do oráculo Rachel Zoe: Jeans alto flare, vestidos camisola, metálicos, óculos gigantes, bolsas brancas e maxi brincos.

As bolsas são de tamanho médio e brancas (deixe as color block descansado um tempo no armário), e os brincos continuam enooooormes, passando dos ombros. Nos pés: Tênis tênis tênis. O sneaker, ou bom e velho tênis, continua sendo a estrela da vez, geralmente branco, e muito, muito confortável. Porque sofrer pela moda é coisa do passado, e o ano é novo!


Queridinhos da vez — tênis, batom da Kylie Jenner (esgotado em horas), unhas metalizadas e Lily Rose e sua echarpes fininhas.